Nova York, terça-feira, 31 de outubro de 1911
Mary, minha querida Mary,
Estive o dia inteiro fora trabalhando muito e pensando mais ainda. Já é tarde e eu estou exausto, mas não poderia me deitar sem dizer boa-noite. Ontem e hoje você esteve tão próxima! Sua última carta é ardente, cheia de sugestões, uma onda que me traz músicas desconhecidas.
Os últimos dias, amada Mary, foram cheios de imagens e vozes e sombras – há fogo em meu coração – há fogo nas minhas mãos – e por onde eu ando, vejo coisas estranhas.
Você sabe o significado desse fogo: sabe que enquanto queima, você vai se libertando de tudo ao seu redor?
Não existe nada melhor do que esse fogo libertador!
E agora, vou espalhar com toda a minha força o amor que sinto por você.
Khalil
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